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Sábado, 30 de Setembro de 2006
Morfofisiologia S.R. feminino. Oogénese, ciclo ovárico e ciclo uterino. Controlo Hormonal


Morfofisiologia do Sistema Reprodutor Feminino



Órgãos Sexuais Externos:

Vulva – inclui:

  • Lábios maiores e lábios menores –dois pares de pregas de pele que circundam e protegem a abertura da vagina (orifício genital) e da uretra.

  • Clitóris:

  • órgão anatomicamente homólogo ao pénis

  • constituído por tecido eréctil

  • funciona como foco sensorial na resposta sexual, dado ter uma densa superfície de terminações nervosas que aumentam a sensibilidade ao toque, pressão e temperatura.


Órgãos Sexuais Internos:

Gónadas:

Ovários:

  • Dois órgãos de forma oval que pesam cerca de 15 gramas

  • Situados na zona pélvica

  • Mesma origem embrionária que os testículos e de função idêntica

  • Funções: produção de células germinativas e hormonas.

Vias Genitais:

Trompas de Falópio (ou oviductos):

  • Estruturas tubulares muito musculadas, com 10 a 12 cm de comprimento

  • Proporcionam uma via de passagem das células reprodutivas femininas dos ovários até ao útero.

  • Apresentam internamente cílios que impelem os oócitos II até ao útero

  • Estão ligadas ao útero mas não aos ovários, apresentando-se nessa terminação rodeadas por fímbrias que circundam parcialmente cada ovário.

Vagina:

  • Órgão muscular cujas paredes têm a propriedade de se contrair e relaxar

  • Estende-se desde a abertura da vulva até ao útero

  • A sua parede interior segrega um fluido, durante a estimulação sexual, que actua como lubrificante.

  • Contém poucas terminações nervosas, sendo, como tal, relativamente insensível ao toque e à pressão

  • A abertura da vagina é parcialmente coberta por uma membrana – o hímen -, que pode ser rompido por actividade física vigorosa ou com a primeira relação sexual.

Útero:

  • Órgão altamente musculoso

  • Localizado na parte inferior do abdómen, entre a bexiga e o recto

  • A sua parede consiste num revestimento – endométrio (que muda de espessura ao longo do ciclo menstrual) – e numa cobertura de músculo liso – miométrio.

  • As paredes uterinas contraem e relaxam durante a estimulação sexual e o trabalho de parto.

  • Canal cervical - estreita passagem na extremidade inferior do útero.

  • Colo do útero (ou Cérvix) – Terminação do útero que contacta com a vagina.

 

Oógenese, Ciclo Ovárico e Ciclo Uterino



Oogénese – inicia-se durante o desenvolvimento embrionário e, por meiose, produz oócitos maduros, desde a puberdade até à menopausa.


  1. Oogónias:

Durante os 2º e 3º meses de desenvolvimento embrionário, começam a ocorrer fenómenos de mitose em algumas oogónias que se transformam em oócitos I (primários) (2n=46).

  1. Oócitos I/Folículos primários:

    • Os oócitos I aumentam de tamanho e são rodeados por uma camada de células foliculares (células granulosas), denominando-se este conjunto por folículo primário ou folículo primordial.

    • Os oócitos I que não se trasformam em folículos primários degeneram.

    • Durante os 4º e 5º meses de desenvolvimento embrionário, o número de folículos primários aumenta, atingindo o seu número máximo por volta do 6º mês.

    • Zona Pelúcida: os folículos primários são rodeados por uma camada de células granulosas que segregam mucopolissacarídeos que formam um revestimento (ou membrana) que se situa entre as células foliculares e o oócito.


Previne a entrada de substâncias como proteínas, iões, drogas que poderiam destruir o folículo primário.

  • Teca Interna: o tecido conjuntivo que rodeia o folículo primário diferencia-se (6º mês de gestação), formando uma camada de células muito vascularizada que rodeia o folículo.

  • Os folículos primários mantêm-se na etapa de metáfase da meiose I até à puberdade.

  1. A oógenese prossegue até à formação de um oócito II.


Ciclo Ovárico


Fase Folicular:

  • Um oócito I transforma-se em oócito II.

  • Em cada folículo de Graaf o oócito I aumenta e as células em redor proliferam.

  • Passada uma semana, um dos folículos apresenta-se maior do que os outros, continuando a crescer, enquanto os restantes degeneram (sofrem atresia).

  • No folículo maior, as células foliculares mantêm o oócito I em crescimento, fornecendo-lhe nutrientes que serão usados nos estádios iniciais de desenvolvimento, caso o oócito I seja fecundado.

  • Instantes antes da ovulação é terminada a primeira divisão meiótica do oócito, em que a divisão citoplasmática é desigual.


Oócito II (secundário): Conserva quase todo o citoplasma.

1º Glóbulo Polar: De reduzidas dimensões, acaba por degenerar.


Permite ao oócito reter a maioria do citoplasma sem afectar a redução cromossómica, priginando uma célula de elevadas dimensões, que, caso seja fecundada, poderá ser capaz de se dividir autonomamente nos primeiros dias.

Ovulação:

  • Ocorre ao 14º dia.

  • O folículo segrega enzimas proteolíticas que rompem a superfície do ovário, permitindo que o oócito II se liberte para as trompas de Falópio.

Fase Luteínica:

  • As células foliculares continuam a proliferar, formando uma massa de tecido endócrino – corpo amarelo (ou corpo lúteo).

  • O corpo lúteo permanece no ovário e desenvolve uma função endócrina.

  • No caso de não haver fecundação, o corpo lúteo degenera.



Ciclo Uterino


Fase proliferativa:

  • Decorre após 5 dias do início do ciclo ovárico, durante a fase folicular

  • O endométrio começa a crescer, estimulado pelos estrogénios, e desenvolvem-se glândulas.

Fase Secretora:

  • Decorre por volta do 5º dia após a ovulação, enquanto o ovário está na fase luteínica e segrega elevadas quantidades de progesterona.

  • O endométrio continua a aumentar de espessura, as glândulas a segregarem glicogénio, e a vascularização a aumentar, de modo a que o útero alcance o seu estádio máximo de preparação para acolher uma gravidez.

  • Permanece nesse estado durante 9 dias.

Menstruação:

  • Ocorre se o blastocisto não se fixar durante esses 9 dias.

  • Os teores de estrogénios e progesterona diminuem drasticamente, as artérias dilatam e as suas paredes rebentam.


Parte do endométrio entra em colapso, desprende-se e flui para fora do organismo através da vagina.



Controlo Hormonal


Antes da puberdade, a secreção de gonadotrofinas é baixa e os ovários estão inactivos.

Entre a puberdade e a menopausa, os ciclos ovárico e uterino são controlados por hormonas produzidas no complexo hipotálamo-hipófise.

A menstruação marca o início do ciclo ovárico e uterino. Uns dias antes do início da menstruação, a hipófise começa a aumentar a secreção de FSH e LH. Em resposta, alguns folículos começam a sofrer maturação nos ovários e, simultaneamente, ocorre aumento da produção de estrogénio pelas células foliculares.


  • Primeiros 12 Dias: O aumento de estrogénio diminui a produção de LH e FSH – Retroalimentação negativa.

  • 12º Dia: O aumento de estrogénio faz aumentar vertiginosamente o LH e diminuir acentuadamente o FSH – Retroalimentação positiva


O LH estimula a ruptura do folículo maduro e a libertação do oócito II (ovulação). Posteriormente, estimula as células foliculares a transformarem-se no corpo lúteo e a segregarem estrogénios e progesterona.

  • Entre o 14º e 28º Dia: A degeneração do corpo lúteo (26º dia) provoca a diminuição drástica da produção de progesterona, provocando a desintegração do endométrio e consequente menstruação. A diminuição da concentração de hormonas sexuais no sangue provoca a estimulação da hipófise e do hipotálamo – retroalimentação negativa.


música: U1 - Reprodução Humana e Controlo da Fertilidade

publicado por Ana Silva Martins às 22:55
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1 comentário:
De (R)evolution a 23 de Dezembro de 2009 às 21:07
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